segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Entrevista a Filipe Melo



Em 2010 falámos com Filipe Melo sobre um novo projecto de BD intitulado “As incríveis aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy”. Dog Mendonça, então um desconhecido, é hoje um nome estimado pelos leitores portugueses, cujas aventuras se aproximam do terceiro e último volume. Enquanto por cá preparamos uma despedida aos heróis, os norte-americanos apenas recentemente começaram a conhecê-lo através da edição do primeiro volume da série e, também, da prequela “The Untold Tales of Dog Mendonca & Pizzaboy”, editada pela “Dark Horse Comics”. Para falar desta nova aventura nas terras do Tio Sam, e também do volume final que se aproxima, a Rua de Baixo voltou à conversa com Filipe Melo.

Para lerem a entrevista cliquem aqui.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

The Untold Tales of Dog Mendonca & Pizzaboy


Depois de Filipe Melo, Juan Cavia e Santiago Villa terem conquistado Portugal com as suas “incríveis (volume 1) e extraordinárias (volume 2) aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy”, chegou a vez de atravessarem o atlântico, até os Estados Unidos da América, em busca de novos duelos.

Para saberem mais sobre  "The Untold Tales of Dog Mendonca & Pizzaboy" - o primeiro livro de Dog Mendonça a ser editado pela Dark Horse - cliquem aqui, para ler o texto que escrevi na "Rua de Baixo".

terça-feira, fevereiro 19, 2013

As Aventuras de Sherlock Holmes


“As Aventuras de Sherlock Holmes” reúne a primeira série de contos curtos que Sir Arthut Conan Doyle escreveu sobre o detective mais famoso do mundo. As histórias consistem, fundamentalmente, na descrição de um caso bizarro, seguindo-se imediatamente a resolução do mesmo por parte de Sherlock Holmes. Uma vez que se tratam de curtas aventuras, não há tempo para grandes desenvolvimentos e por isso Holmes acaba por resolver os casos rapidamente, algumas vezes resolvendo-os imediatamente após a audição do relato dos mesmos, enquanto outras necessitando de algum trabalho de campo.

Todas as histórias têm determinadas particularidades que aguçam imediatamente a nossa curiosidade em descobrir a sua resolução – com alguns casos mais fáceis que outros. O Doutor John Watson é o narrador destes doze contos, o sempre fiel parceiro de Holmes que anota por escrito as várias aventuras que viveram juntos, para construir uma espécie de “memórias de Sherlock Holmes”.

Watson teve a interessante ideia de não contar apenas os casos concluídos por Holmes, mostrando-nos também aqueles cuja resolução ficou em aberto, como é o caso de “As cinco sementes de laranja” ou o famoso “Escandalo na Boémia” onde as acções de Holmes foram previstas por Irene Adler, antes dele as concluir. Adler ou “A mulher” - como é apelidada por Holmes – é uma personagem que exerce um fascínio imediato, e prova disso é o facto de continuar a ser imensamente utilizada nas várias adaptações do detective, mas cuja aparição na obra de Conan Doyle é exclusiva deste conto.

Para quem segue actualmente a série da BBC é impossível não recordar a interpretação de Benedict Cumberbatch, pois o actor captou muito bem as descrições da personagem. Basta ler a forma como Holmes ouve os seus clientes concentrado ou a forma como se move freneticamente numa cena de um crime, para imagens da série nos assolarem a mente. Nestes contos passamos também por várias referências já usadas na série em questão, desde a famosa monografia de Holmes sobre cinzas de tabaco até à sua falta de cultura nas áreas de astronomia, política, entre outras.

Um bom livro de aventuras, essencial para qualquer apreciador da dupla Holmes e Watson, nem que seja por ser o livro que contém “Escândalo na Boémia”. Infelizmente, deu-me a sensação de que a edição foi vítima de alguma pressa. Talvez o número de gralhas não seja tão excessivo como me pareceu, mas quando na página 247 surge a palavra “houvi”, fiquei com a impressão de que Holmes e companhia, mereciam uma maior dedicação.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

TOP25: Os melhores momentos em “Dragon Ball Z”


Depois dos "10 melhores combates em Rurouni Kenshin" chegou novamente a altura para mais um especial dedicado a animé no "TVDependente". Desta vez a fava calhou a "Dragon Ball Z" onde construí um top25 dedicado aos melhores momentos da série. Com a estreia do novo filme, "Dragon Ball Z: Battle of Gods", uma viagem para recordar a série Z, em tom de preparação, fez-me todo o sentido.

Todos os dias irão ser revelados cinco momentos, onde o primeiro grupo já se encontra disponível aqui.

Se quiserem construir um título com as letras e imagens da série, é só clicarem aqui.

domingo, fevereiro 17, 2013

A Amizade no Cinema


O Jorge e Pedro Teixeira do blog Caminho Largo, convidaram-me para participar na iniciativa "1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição", onde escolhi três filmes que explorem o tema da amizade, sobressaindo um realizador em particular. As minhas escolhas podem ser vistas aqui.

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Três Sombras


 2012 foi um ano excelente ano no que toca a edições de BD, e do autor Cyril Pedrosa em particular. A ASA editou o livro “Portugal”, enquanto a Polvo, por sua vez, nos trouxe “Três Sombras”. Duas edições notáveis, cujos elogios atribuídos nunca serão demais.

Podemos falar de um livro não revelando absolutamente nada da sua história. Porém, não falar do seu intuito, daquilo que o move enquanto obra, é mais complicado; ao fazê-lo neste caso, demasiado de “Três Sombras” é exposto. Nada disto tira força alguma à história mas, se há véus que devem permanecer tapados e objectivos escondidos, o de “Três Sombras” parece ser um deles. Não querendo privar os leitores dessa descoberta, deixa-se este aviso antes que prossigam na leitura do texto, sublinhando a qualidade desta pequena preciosidade e o quanto é aconselhável a sua aquisição.

“Três sombras” traz-nos a história de uma pequena família de três que vive uma vida feliz, plena e despreocupada no campo. Tudo decorre dentro da normalidade, até Joaquim, o filho do casal – e ainda uma criança -, começar a ser perseguido por três misteriosas sombras. A princípio ignoradas, a persistência das sombras mantém-se, surgindo onde quer que Joaquim esteja.



Os temores começam assim a apoderar-se desta família, a qual lida com a situação de forma distinta, oposta. A mãe, Elisa, prefere procurar respostas e, quando as encontra, aceita dolorosamente o destino da sua família, compreendendo que não lhe pode escapar. Por sua vez o pai, Luís, sempre se negou a seguir esse caminho e, quando confrontado com a verdade, recusa-se a aceitá-la. A fim de proteger o filho das sombras embarca com ele numa aventurosa viagem, privando mãe e filho dos seus últimos momentos juntos, naquela que é uma das cenas mais emocionantes e poderosas de todo o livro.

Esta é uma viagem que tem tanto de bela como de dolorosa, que tem tanto de vida como de morte. É uma viagem que nos transporta para uma das piores situações que alguém poderá experienciar na sua vida, a morte de um filho. Uma morte mais lamentável que as outras porque quebra as leis da natureza, pois a pai algum deveria ser permitido enterrar um filho. Através de Luís e Elisa, temos duas abordagens muito distintas a esta situação e, se a da mãe poderá ser a mais ponderada, como é que na realidade poderemos reconhecer o momento em que devemos desistir e deixar partir aqueles que amamos? Para Luís essa resposta não só nunca veio, como provavelmente nunca se colocaria. E assim, durante o percurso tenebroso que escolheu, agarrando-se, com toda a sua força, a uma ténue esperança, lá continua o seu caminho com Joaquim, perdendo-se um pouco mais a cada passo que dá.



No entanto, nem tudo em “Três Sombras” são trevas, pois a noite é sempre mais escura antes do amanhecer; e se o autor nos consegue emocionar com a perda de Joaquim, também o consegue com igual força e proeza ao louvar toda a magnitude da vida. Pedrosa mostra-nos a felicidade no amor e na família e que os momentos mais negros no nosso percurso não nos devem destruir, mas impelir a continuar, porque há sempre um amanhã e com ele um novo dia. Ao terminar a história não nos admiramos ao saber que o autor se inspirou na história verídica de um casal amigo, cujo filho lhes foi tirado pela doença. Os elementos estão todos aqui, a mensagem intacta.

Neste livro o autor privilegiou um traço fino e o preto e branco, conseguindo transportar-nos para um outro mundo, por vezes fantástico, por vezes (tão) real. As suas pranchas contêm uma fervência impressionante – é como se as palavras ‘amor’, ‘medo’ou ‘ternura’se dilatassem até se tornarem meras linhas preenchendo as páginas em forma de belos desenhos, mas mantendo intacta toda a carga que emanavam enquanto palavras. Esta é uma daquelas histórias que, quando terminadas, nos recorda que alguns livros são mais especiais que outros.


Publicado originalmente no site da Rua de Baixo.

Benedict Cumberbatch é Khan?

No mais recente clip de "Star Trek: Into Darkness" houve um diálogo em particular que despertou a forte possibilidade de Benedict Cumberbatch interpretar o mítico vilão Khan.



O diálogo é este:

Khan: I am better.
Kirk: At What?
Khan: Everything.

Para quem conhece a personagem, sabe que Khan foi manipulado geneticamente para ser superior, algo que Khan nunca se esquecia de mencionar, valorizando o seu intelecto e força superiores.
De facto Cumberbatch aparece nos trailers em modo bad ass, e sendo de facto Khan isso explicaria os seus feitos físicos já demonstrados, além de que este menciona também uma vingança.

Para finalizar, há ainda outra cena interessante neste trailer:


No minuto 1:40 vemos duas mãos tocarem-se através de um vidro. Uma delas pertence a alguém vestido de azul, facto que aliado à posição dos dedos, sugere tratar-se de Spock. A outra mão não posso garantir mas acredito ser a de Kirk. Esta cena remete-nos para o final de "Star Trek 2: The Wrath of Khan" e mais não direi por causa de spoilers.

Parece-me que J.J. Abrams vai jogar com algumas das grandes cartas da mitologia Star Trek. Espero que funcionem. Gostei da sua primeira incursão, é uma abordagem diferente à saga - mas dinâmica - mas que se prova atenta ao seu legado. E o elenco é formidável, os actores foram muito bem escolhidos e isso faz a diferença. Com a adição de Cumberbatch a frase ainda se intensifica mais.

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Walter Benjamin - The Imaginary Life of Rosemary and me



Our imaginary house
has your paintings on the walls
and my songs under the doors

You may come in if you like
and be happy for a while
or you may move in next door

São estas as primeiras palavras que ecoam na primeira faixa - "Our Imaginary House" - deste EP, o aguardado regresso de Walter Benjamin.
É um belo disco que só peca pela duração, são apenas 25 minutos - daí lhe ter chamado EP - que no final nos deixam a salivar por mais, o que acaba por ser o melhor elogio que posso dar ao álbum.

Depois de "The National Crisis" o autor esteve envolvido em vários projectos de outros músicos bem como com a sua outra banda os "Jesus, The Misunderstood". Se não estou em erro após "National Crisis" apenas lançou um curtíssimo disco com Baga intitulado"Ice Cream and swinging lettuce" enquanto Walter Benjamin.

A espera já ia longa por isso ainda que curto "The Imaginary Life of Rosemary and me" veio em boa hora. De salientar ainda a capa, um trabalho bem bonito.
Para conhecerem mais do autor consultem o seu myspace aqui.


quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Bedeteca de Beja - Fevereiro

Parece-me ser justo dizer - e se não for corrijam-me se faz favor - que Beja é a cidade com maior actividade relacionada com a BD. Todos os meses a bedeteca de Beja apresenta-nos programas interessantes e que se expandem até outras áreas.

Neste mês a destacar a exposição dedicada à famosa Mariana Alcoforado, que conta com pranchas de autores como Milo Manara, Matisse e Modigliani entre outros.

Para quem é fã de metal  há uma exposição dedicada às ilustrações das várias capas de álbuns deste género musical.

O "Morro da Favela" de André Diniz e editado esta semana pela Polvo, também será uma obra em destaque.

Mas, o melhor é consultarem o programa que pode ser visto nos seguintes blogues:

- BD no Sotão;
- Leituras de BD;
- Leituras do Pedro.


Supernada no auditório São Mamede (Guimarães) 12/01/13



Primeiro concerto de 2013 foi o dos "Supernada" no auditório de São Mamede. Já havia mencionado que gostei muito do álbum "Nada é Possível" e quando surgiu a possibilidade de o ir escutar ao vivo não hesitei.

Por vezes tratamos as bandas nacionais como os nossos próprios monumentos, como estão sempre cá achamos que temos sempre tempo de os ver, adiando interminavelmente a visita. Assim aproveitei não só para ver a banda como para dar um novo pulo até à ex-capital da cultura.

Confesso que estranhei a pouca adesão do público, normalmente estou habituado a uma sala mais povoada quando se fala de um projecto de Manel Cruz. Nesse sentido a ligação com o público não foi das mais intensas, mas, por outro lado ainda acabei a noite a trocar, naturalmente, umas palavras com a banda quando estes saíram dos bastidores, algo só possível com este nível de adesão do público.

Aproveito para deixar a abertura do concerto que se encontra no youtube e agora vou ouvir mais uma vez "Invísivel Mundo" que é bem capaz de ser a minha faixa favorita e que foi a escolhida para fechar em grande o espectáculo.

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Batman: Black & White Vol 2



Quando li "Batman: Black & White Vol 1" fiquei muito bem impressionado com o livro e as várias abordagens à personagem por parte dos autores convidados. As únicas regras a cumprir era limitar as histórias a 8 páginas e teriam de ser todas - claro - a preto e branco. Uma ideia que assentava como uma luva na personagem.

Como (quase) tudo que tem sucesso está condenado a ser repetido, a DC lançaria um volume 2, e ainda um 3º. Ao ler este segundo livro da série "Black & White" o impacto não foi tão grande, a originalidade do primeiro havia-se perdido e contabilizando o número de grandes histórias, penso que a balança pende, novamente, para o primeiro. Ainda assim há histórias maravilhosas neste segundo volume, seja no tom sério de "Case Study" (escrita por Paul Dini e com um desenho soberbo de Alex Ross) onde se coloca a possibilidade de o Joker não ser louco; ou no tom mais cómico de "Bats, Man" de Ty Templeton  e Marie Severin, que é uma verdadeira paródia ao género.

Ao contrário do primeiro volume, das histórias presentes neste, apenas 5 são originais, as restantes são provenientes da série "Batman: Gotham Knights".

Em tom de conclusão existem livros mais importantes e melhores de Batman, nomeadamente o primeiro volume desta colecção - indispensável para qualquer apreciador. Contudo, para quem é fã da personagem "Batman: Black & White Vol 2" é uma peça que fará certamente falta na estante e por isso mesmo de aquisição obrigatória.

terça-feira, fevereiro 05, 2013

"Morro da Favela" a ser distribuído esta semana nas livrarias


Depois de ter fechado 2012 com a edição de "Três Sombras" de Cyril Pedrosa - um dos melhores livros editados no ano - a editora "Polvo" volta à carga abrindo o ano de 2013 com "Morro da Favela" de André Diniz.

O vídeo promocional pode ser visto aqui.

Está quase